– Eleições 2024
Para a segunda ‘Rodada de Entrevistas’ com os candidatos à Prefeitura Municipal, realizada na noite desta quarta-feira (11/09), a Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL Itajubá recebeu os candidatos Pedro Gama (PV) e sua vice, Carol da Inclusão (PP). As datas das Rodadas foram sorteadas previamente.
A ação da entidade visa fomentar o diálogo propositivo com os candidatos, possibilitando que a população, associados e empresários do comércio e serviços conheçam as propostas e os planos de governo de cada candidato. Ao todo, serão quatro ‘Rodadas de Entrevistas’.
A RODADA DE ENTREVISTA
O presidente da CDL Itajubá, Alexandre Costa Lopes, abriu a segunda Rodada de Entrevistas, lembrando que a entidade tem importante papel na representação do comércio e serviços, bem como em apoiar e estimular o desenvolvimento socioeconômico do município. Destacou que o objetivo da CDL em promover as ‘Rodadas de Entrevista’ é dar conhecimento, aos empresários e população, quanto as propostas dos candidatos à Prefeitura de Itajubá.
A gerente interina da CDL Itajubá, Vanessa Cortez, conduziu a segunda Rodada de Entrevista com Pedro e Carol. Ao iniciar, os candidatos utilizaram o tempo de cinco (5) minutos para se apresentarem, ocasião em que falaram sobre suas origens, famílias, formações educacionais, trajetórias profissionais e atuações sociais e públicas no município. Também agradeceram a oportunidade conferida pela CDL Itajubá.
PERGUNTAS E RESPOSTAS – PEDRO GAMA E CAROL DA INCLUSÃO
A CDL Itajubá apresenta as perguntas feitas ao candidato Pedro Gama e suas respostas. As perguntas foram elaboradas pela entidade, considerando áreas sensíveis para o desenvolvimento de Itajubá, para o bem-estar social e importantes temas para apoiar e alavancar o setor empresarial local, em especial o comércio e serviços.
PERGUNTAS FIXAS
(idênticas para todos os candidatos e encaminhadas previamente):
- PARCERIA NA REALIZAÇÃO DO NATAL
Como planeja incentivar e apoiar a realização de eventos natalinos, e qual será o papel da Prefeitura nessas parcerias?
RESPOSTA Pedro Gama: Todos nós sabemos das dificuldades que o comércio da cidade vem enfrentando diante de diversos fatores, mas um deles é o avanço do comércio eletrônico. Sabemos também que o Natal é um momento muito oportuno de efervescência do nosso comércio. Nesse sentido, a nossa proposta é que a Prefeitura seja parceira do comércio, tanto através de infraestrutura quanto de experiência. Um incentivo para que o itajubense, mas também pessoas da região, consumam em Itajubá durante períodos festivos, como é o caso, especialmente o Natal, que talvez seja a data festiva na qual as pessoas mais consomem. Mas, na nossa visão, para isso acontecer de maneira adequada, com bom uso do recurso público, essa construção da prefeitura não pode ser feita de maneira unilateral. Não é o prefeito quem tem condições de dizer qual é a infraestrutura e qual é a experiência mais adequada. No centro da cidade e nas regiões onde o comércio está mais localizado, mas no centro especificamente, é onde a gente sabe que existe a grande concentração de comércio, que vem passando por dificuldades diante da expansão de outros pontos comerciais da cidade. Quem precisa construir isso junto com o prefeito são os próprios comerciantes. Então, a nossa proposta é que a prefeitura tenha uma proximidade maior, tanto com a CDL, quanto entidade representativa, como diretamente com os próprios comerciantes. Entender quais são as demandas, quais são as necessidades e a forma que a prefeitura pode possibilitar essa infraestrutura e essa experiência, valorizando, principalmente, o que nós já temos dentro de nossa cidade. Eu acredito muito nos fornecedores da infraestrutura de enfeite, de eventos. Quando falo de evento, eu falo do show, música, apresentação teatral, algo que possa tornar a experiência do consumo mais agradável. Eu acredito que nós temos que privilegiar os fornecedores da nossa cidade, os nossos artistas locais, e construir essa destinação de recursos, pois quando falo de parceria da Prefeitura, eu falo de recurso financeiro. Prefeitura, colocar dinheiro, mas colocar dinheiro sabendo quais são as demandas dos comerciantes, seja no diálogo com a CDL, seja no diálogo direto com os próprios comerciantes. Essa é a nossa proposta de parceria, para um evento tão importante para o comércio, como é o Natal.
- ATRAÇÃO DE INVESTIMENTO PARA A CIDADE
Quais estratégias pretende adotar para atrair novos investimentos para Itajubá, especialmente em setores estratégicos como tecnologia, indústria e turismo?
RESPOSTA Pedro Gama: Primeiro ponto, nós precisamos ter uma equipe capacitada dentro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, com pessoas bem relacionadas, que entendam de desenvolvimento econômico e que estejam dispostas a sair do seu gabinete, sair do ar-condicionado, para ir atrás desses investimentos. Hoje, nós sabemos que a disputa por investimentos, por empresas, é uma disputa agressiva. Nós temos concorrentes de peso dentro do nosso estado e fora do nosso estado, na nossa região também, e para isso a cidade e a gestão precisam mostrar disposição, ir atrás. Mais do que isso, nós precisamos de uma gestão que tenha um relacionamento muito aberto com o governo do estado, com o governo federal, que conheça quais são os incentivos que o governo do estado tem para as empresas se instalarem no nosso estado, porque muitas vezes a nossa disputa é principalmente com cidades do estado de São Paulo, do Rio de Janeiro, que aqui nos circunscrevem. Então, o governo de Minas tem que entrar nessa luta aqui conosco, e nós precisamos vender para o empresário quais são os benefícios da nossa cidade. Nós estamos falando de uma cidade universitária, que tem totais condições de fornecer mão de obra capacitada, que tem todo o processo de formulação e amadurecimento de empresas de base tecnológica. Isso precisa ser vendido para esses empresários, além dos próprios incentivos municipais a serem criados. Vamos falar de um setor estratégico que é o de tecnologia. Nós temos hoje um Parque Científico Tecnológico. Não faz sentido um estudante de UNIFEI ter uma ideia, um startup weekend, desenvolver uma ideia de empresa, iniciar sua empresa, ter a empresa incubada aqui em Itajubá, em uma das melhores incubadoras do mundo que nós temos aqui, a INCIT, com a empresa amadurecida, no processo de institucionalização dela, ela ir embora, sendo que nós temos um Parque Científico Tecnológico. É aí que a Prefeitura entra, sendo parceira, através de doação de terreno, de incentivos tributários. Hoje nós temos mecanismos muito inteligentes de você vincular receitas ligadas à tecnologia para você incentivar empresas de base tecnológica. Como o próprio ISS pode ser descontado ou alimentar um fundo específico para financiar essas políticas de investimento. E, logicamente, olharmos para as nossas pequenas e médias empresas aqui na cidade, porque elas também geram renda. Mais de 50% do PIB de Itajubá vem do setor de serviços, e boa parte desse setor está relacionado a esses pequenos e médios negócios. Precisa de um acompanhamento mais próximo da prefeitura para que eles possam, em primeiro lugar, sobreviver, e em segundo lugar, crescer. Porque também são fontes importantes de empregabilidade na nossa cidade. Uma cidade que gera renda é um ciclo que se alimenta: mais empresas, mais assalariados, mais pessoas consumindo no comércio, mais empregos.
- EDUCAÇÃO TÉCNICA/PROFISSIONAL – MÃO DE OBRA QUALIFICADA
Como pretende ampliar e melhorar a oferta de educação técnica e profissional em Itajubá, para formar mão de obra qualificada e atender às demandas do mercado local, principalmente comércio e serviço?
RESPOSTA Pedro Gama: Eu agradeço, inclusive, a todos os senhores por terem colocado essa questão como uma pergunta obrigatória, vamos dizer assim, para todos os candidatos, porque eu considero essa uma das demandas centrais quando a gente fala de desenvolvimento econômico, geração de emprego, geração de renda na nossa cidade. E repito, nós estamos falando de uma cidade com uma Universidade Federal, com boas faculdades particulares, mas, principalmente, de uma cidade que tem um potencial técnico gigantesco e todos vocês sabem, muito melhor que eu, quanto está faltando mão de obra qualificada, principalmente, do setor técnico. Para isso, a prefeitura tem que ser indutora e coordenadora de agentes que já fazem esse trabalho, muito bem feito, e que sabem melhor que a própria prefeitura. Estou falando de Senai, Senac, Sebrae e de um quarto agente que vai ser primordial como alavanca de desenvolvimento da nossa cidade, se Deus quiser, a partir do ano que vem já, que é o Instituto Federal. Eu acompanhei essa história do campus do Instituto Federal muito de perto, desde o momento que estive na reitoria de Pouso Alegre até levar essa demanda junto ao Ministério da Educação, lá em Brasília. Está tudo encaminhando para o campus do Instituto Federal começar a rodar no segundo semestre do ano que vem, e é obrigação do próximo prefeito ser o parceiro número um desse campus do Instituto Federal, da reitoria do Instituto Federal. Porque é o potencial de alavancar o ensino técnico da nossa cidade, que poucos municípios têm, poucas cidades têm. E a gente tem total potencial de explorar isso. Seja no diálogo direto para definir quais vão ser os eixos tecnológicos que vão ser trabalhados, seja nos próprios cursos de médio e integrado ao técnico, graduação, pós-graduação que vão ser desenvolvidos, seja, eu diria até principalmente, porque eu tive a oportunidade de conhecer alguns campi, nas atividades de extensão que o Instituto Federal fornece. O Instituto Federal tem uma destinação riquíssima de recursos para desenvolver atividades de extensão em parceria com a sociedade civil e, por isso, precisa ser parceiro de todos os agentes indutores do desenvolvimento da nossa cidade, para saber qual é a demanda do comerciante, qual é a demanda do pequeno e do médio empresário, qual é a demanda do grande empresário da nossa cidade e, a partir disso, o Instituto Federal nos auxiliar a construir políticas para que o investimento seja assertivo.
- REFORMA DA RUA NOVA E MAJOR BELO
Quais as propostas para a revitalização do centro comercial, como, por exemplo, Rua Nova e Major Belo, e como pretende minimizar os impactos para comerciantes e moradores durante as obras?
RESPOSTA Pedro Gama: Como vereador, nós tomamos conhecimento que existe um projeto de revitalização na Rua Nova, que foi elaborado na atual gestão, foi apresentado aos senhores, acabou não sendo executado e o meu compromisso aqui é que qualquer intervenção que seja feita na infraestrutura do centro da cidade, seja construída em diálogo direto com os comerciantes. Quem sabe qual é a intervenção mais adequada para o centro da cidade não é o prefeito, são os comerciantes. Não adianta o prefeito encomendar um projeto maravilhoso, investir um recurso significativo na elaboração do projeto, depois um maior ainda para a execução desse projeto, se esse projeto não atende à demanda dos comerciantes. Porque, como eu disse, o que justifica a intervenção do poder público, nesse sentido, é propiciar o desenvolvimento daquela região. Por isso, tem que ser feito em parceria com todos vocês. Então, meu compromisso é esse. Confesso, não tive a oportunidade de dialogar, tanto com a CDL, quanto com os demais comerciantes, para saber se esse projeto de revitalização que foi apresentado é o ideal. Se esse for o projeto ideal, nós vamos aproveitar. Não é porque ele foi elaborado em outra gestão, em outro grupo político, que, na minha gestão, a gente vai elaborar um projeto do zero. Não é isso. Se for um projeto bacana, aprovado, que os próprios comerciantes deem ok. Se não: ó Pedro, sentamos aqui, estamos conversando, esse projeto ele precisa ser atualizado, esse projeto não é a forma adequada da prefeitura intervir. Vamos correr atrás de outro. Vamos construir isso, essa solução, juntos. Inclusive, pensando no impacto que isso vai ocasionar, temporariamente, nesses comércios dessa região. Eu não quero entrar na polêmica, mas na reforma que nós tivemos na Praça Theodomiro Santiago, eu, particularmente, ouvi muitas reclamações de comerciantes sobre, exatamente, o impacto que isso ocasionou para eles, durante um determinado período, de vendas, e que esse impacto não foi medido de maneira prévia. Isso é muito grave. Esse impacto de qualquer intervenção, de qualquer obra, precisa estar calculado em toda empresa, em todo comércio que vai ser afetado, para que essa decisão possa entrar, também, no planejamento dos comerciantes. Então esse é o nosso compromisso.
PERGUNTAS SORTEADAS
(sorteio no momento da entrevista, dentre 13 elaboradas pela CDL Itajubá):
- DESBUROCRATIZAÇÃO DA PREFEITURA
Quais medidas concretas você pretende implementar para desburocratizar os processos na Prefeitura e facilitar a vida dos cidadãos e empreendedores?
RESPOSTA Pedro Gama: Hoje nós já temos uma legislação do estado, que é a Lei da Liberdade Econômica, que, inclusive no primeiro ano de mandato da atual legislatura também foi sancionada no município da Itajubá. Nós já temos uma Lei Municipal da Liberdade Econômica, que estipula não apenas diretrizes e princípios, mas medidas concretas a serem adotadas pela Prefeitura no sentido justamente de desburocratizar a vida do empresário. A minha leitura é que, em que pese, nós termos feito a aprovação da lei municipal e já existir uma lei estadual, essas medidas não foram devidamente regulamentadas pela prefeitura, pelo Poder Executivo, e, portanto, não avançaram da forma que deveriam avançar. Meu ponto de vista, a primeira medida é essa, nós não precisamos criar lei nova. Nós já temos um embasamento legal para isso, lei estadual e lei municipal. O que a prefeitura precisa fazer é pegar essas diretrizes e metas da Lei Municipal, regulamentar isso através do decreto e adotar esses procedimentos internos dentro da prefeitura. Para isso, já existem orientações muito bem formuladas por órgãos como o SEBRAE. Não sei se vocês conhecem o programa Cidade Empreendedora do SEBRAE. É justamente um manual que foi elaborado com base na Lei de Liberdade Econômica, com sugestões de práticas concretas de desburocratização para serem adotadas na prefeitura. Então é, desde questão de isenção de taxas para determinados portes de empresas, até unificação de processos, definição de tempo para aprovação de projetos, isso é importante para todo empresário que tem aquele projeto parado na prefeitura e não sabe quando vai ser aprovado. Medidas como, por exemplo, regras especiais para comércios digitais. Quantos comércios digitais a gente não tem na cidade? Muitas vezes não tem um ponto fixo definido. Esse pessoal precisa de uma normativa, um regramento próprio, principalmente, regras claras. Eu estava lendo sobre isso hoje, de 1988, data da promulgação da nossa Constituição, até setembro de 2015, era um número absurdo, assim, mais de 5 milhões de normas relacionadas à burocracia de empresários já foram editadas no nosso município. A Lei de Liberdade Econômica impõe justamente que isso seja enxugado, com procedimentos, prazos claros para serem adotados pela rede da prefeitura. Só para encerrar, não adianta estipular esses processos se os servidores da prefeitura não forem capacitados em torno disso. Então, nós precisamos também de um programa de capacitação para os servidores entenderem o que é desburocratizar. Por exemplo, atividades classificadas como de mais de um risco precisam possuir uma normativa própria, seja autorização para autodeclaração, ou dispensa de Alvará, de licença, como está previsto na Lei Municipal. Agora, os servidores precisam conhecer isso também para colocar em prática, efetivamente, essa desburocratização.
- COLETA SELETIVA
Quais são as suas propostas para ampliar e melhorar o sistema de coleta seletiva em Itajubá, e como pretende engajar a população nesse processo?
RESPOSTA Pedro Gama: Parabéns à CDL por essa pergunta, principalmente por entender que coleta seletiva é política de meio ambiente, mas é também política de geração de renda. Eu vou explicar isso. Hoje a prefeitura paga, em média, 300 reais por tonelada de lixo que é aterrado. É o valor que é pago para ser coletado, depois o valor que é pago para ser aterrado. Um cálculo breve, que a gente fizer, uma média de Itajubá aterrar 60 toneladas por dia, a gente chega a um gasto mensal de dinheiro público da prefeitura de meio milhão de reais por mês, no mínimo, para aterrar lixo. Lixo que, devidamente triado, separado e com destinação adequada, na mão de uma associação de catadores ou na mão de um catador autônomo, deixa de ser custo para a prefeitura e vira renda a ser investida na cidade. Porque é recurso que vai no bolso desse catador, gera economia para a prefeitura, que não vai ter aquele gasto para coletar e aterrar aquele lixo, e esse catador vai ter dinheiro para gastar na cidade e girar no comércio da cidade. Eu insisto muito nessa tecla. Política de coleta seletiva é política de desenvolvimento econômico sustentável. O que acontece é que Itajubá, hoje, não tem política de coleta seletiva, não existe. Quem disser o contrário que prove, mas não existe. Para ser feito isso, o que a prefeitura tem que ser? Parceira das associações, cadastrar as associações, tem que cadastrar os catadores. A própria prefeitura tem que assumir essa política através de recursos. Falo em colocar recurso em associação de catadores para incentivar o seu trabalho. Também uma política de educação rigorosa com os nossos cidadãos. A população precisa ser educada a separar material. Nenhum de nós é obrigado a saber fazer a triagem adequada. Até porque quem sabe disso é só os catadores. Os catadores precisam ser capacitados para desenvolver essa atividade. A obrigação de oferecer essa capacitação é da prefeitura. Quantos tipos de plásticos que existem, cada um com um determinado tipo de destinação, a gente não faz ideia, o catador faz, e se não fizer, a prefeitura tem capacidade para fazer. E para isso tem que colocar recurso. Se a gente paga meio milhão de reais para aterrar lixo, por que a gente não pode pagar, que seja 10% disso, 50 mil reais ao mês, em uma associação de catadores, para fazer a destinação correta de resíduos sólidos e gerar renda na nossa cidade? Então, a minha proposta para coleta seletiva é implantar um programa municipal, que infelizmente, hoje, não existe em Itajubá.
- FISCALIZAÇÃO DE FEIRAS ITINERANTES E CAMELÔS
Como você pretende equilibrar a fiscalização das feiras itinerantes e camelôs com a necessidade de apoiar o comércio local?
RESPOSTA Pedro Gama: Isso inclusive também é uma das diretrizes colocada pelo Programa Itajubá Empreendedora do SEBRAE, que é justamente encontrar um ponto de regularização dessas atividades, não é proibição e também não é fechar os olhos, mas regularizar essas atividades através de um programa de extensão municipal em que todas, sejam feiras, sejam vendedores ambulantes, possam ser reconhecidos, dentro da sua atividade, pelo poder público. E as regras dessa normatização, meu ponto de vista, tem que ser discutido junto ao comércio. Minha visão, em quanto cidade, se nós estamos vendo um aumento do número de ambulantes, isso é efeito da nossa própria política de geração de renda. Se nós estamos tendo mais ambulantes nas ruas é porque a cidade não está dando conta de gerar emprego para alocar essas pessoas. Então, isso é um sintoma. Nós precisamos buscar o diagnóstico da doença que ocasiona esse sintoma e intervir nesse sentido. Eu não acho que seja um caso de proibir ambulantes, mas trazer eles para dentro da institucionalidade, entendendo que esse é um problema de ordem pública resultado da própria ausência de política de geração de renda na cidade. Nós temos dados para provar isso. De 2013 a 2020, a título de exemplo, Itajubá fechou com um déficit negativo de 4 mil empregos. Essas 4 mil pessoas que terminaram esse período desempregadas, precisaram fazer alguma coisa. Ou elas saíram da cidade, ou elas precisaram procurar alguma atividade alternativa, e grande maioria cai na informalidade. Agora, isso é um problema para ser lidado pelo poder público. E, como eu disse, existem já orientativos muito claros, sendo discutidos por órgãos como o SEBRAE, e isso está aqui dentro do Programa Itajubá Empreendedora, para fazer isso de forma a não prejudicar o comércio, não gerar concorrência, mas agregar essas pessoas dentro do ciclo produtivo do próprio comércio. Esse, pelo menos, é o nosso ponto de vista.
Encerrando a entrevista, os candidatos tiveram 15 minutos, compartilhados, para falar sobre o plano de governo e metas para o exercício dos cargos. A candidata a vice, Carol da Inclusão, frisou que a palavra parceria foi destaque na entrevista e que essa parceria também envolve a inclusão. Pedro Gama, candidato a prefeito, agradeceu a todos e parabenizou a CDL pela iniciativa. Em seu tempo livre falou sobre política de desenvolvimento econômico, entre elas a de mobilidade urbana; sobre política cultural e de turismo, onde se inclui ter um calendário oficial de eventos culturais e turístico; gestão transparente e eficiente, relacionada à política de atração de investimentos para a cidade; política de compliance institucionalizada; saúde pública; política de geração de renda, com maior apoio às micro, pequenas e médias empresas; Tecnologia; e gestão inovadora para Itajubá.
PRÓXIMA RODADA
Na próxima quarta-feira, dia 18 de setembro, às 19:30, nas dependências do Curso G9, acontecerá a terceira Rodada de Entrevistas, com a participação do candidato Rodrigo Riera e seu vice, Dr. Roberto Bob.
As entrevistas estão sendo transmitidas, ao vivo, pela página CDL Itajubá no Instagram (@cdl_itajuba).
Fonte: CDL Itajubá