Minas Gerais encerrou 2022 com mais de 1,629 milhão de Microempreendedores Individuais (MEIs) ativos. O número mostra que a taxa de crescimento de formalizações no estado ficou em 10,1% no ano passado, uma vez que em 2021 eram 1,479 milhão de MEIs ativos. Apesar de positivo, o ritmo de crescimento desacelerou nos últimos anos, resultado da melhora do mercado de trabalho, da mudança de MEIs para outras faixas no regime tributário e da baixa e exclusão de empresas do MEI.
Mesmo com o saldo menor, Minas Gerais se manteve na 3ª posição entre os estados do Brasil com mais microempreendedores individuais do País, ficando atrás somente de São Paulo e do Rio de Janeiro. De acordo com os dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), com o resultado, o estado registrou um saldo positivo de 149.755 MEIs em 2022, volume que caiu 25,9% frente a 2021, quando o saldo era de 201.969.
Assim como em Minas Gerais, a procura pela formalização empresarial por meio do registro de MEI também desacelerou no último ano no País. O saldo de formalizações no Brasil caiu 22%, saindo de 1,967 milhão em 2021 para 1,535 milhão em 2022.
A analista do Sebrae Minas, Laurana Viana, explica que mesmo com a variação negativa no saldo de MEIs, não é possível afirmar que houve menos formalização em 2022. Ainda segundo a analista, um dos fatores que impactou no saldo de MEIs foi o aumento dos empregos formais.
Em 2022, também houve migração de empresas do MEI para outros regimes tributários, o que pode ocorrer com o crescimento da empresa.
Serviços lidera
Entre os setores, os com maior saldo em 2022 foram os de Serviços (84.428), Comércio (29.623) e Indústria (19.120). Os segmentos que lideram o ranking de atividades mais formalizadas em Minas Gerais nos últimos três anos permanecem. As principais atividades, que representam o maior número de MEIs, são os cabeleireiros, manicure e pedicure (122.094), comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (109.426), obras de alvenaria (87.850), promoção de vendas (63.931) e lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares (41.881). Já as atividades que apresentaram maior taxa de crescimento no estado, considerando aquelas com mais de 500 MEIs, são os serviços de tratamento e revestimento em metais (138,7%), serviços de malote não realizados pelo correio nacional (80,1%), recondicionamento e recuperação de motores para veículos automotores (58,3%) e transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional (55%). Para 2023, a estimativa é que o saldo de MEIs se mantenha positivo.
Fonte: Diário do Comércio
