O diretor de Soluções e Ações Institucionais da CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas, Alexandre Costa Lopes, representou a entidade na audiência pública do Projeto de Lei nº 4399/2019, que fixa os feriados religiosos no Município de Itajubá.
Durante a reunião, nesta quarta-feira, 13 de fevereiro, a CDL Itajubá ratificou seu apoio ao retorno do feriado de aniversário da cidade para 19 de março por entender que essa é a data da fundação da cidade, é tradicional e já faz parte da história do município. O assunto voltou à discussão porque, há dois anos, sem consulta pública, houve a mudança do feriado para 15 de setembro, quando se comemora o Dia de Nossa Senhora da Soledade, padroeira de Itajubá.
“Foi uma grande oportunidade para apresentar nossa posição sobre o tema. No nosso entender, o grande número de feriados não é bom para ninguém, seja o empresário, o cidadão ou o poder público. Se o comércio vende mais, irá gerar mais emprego para nossa população e recolherá mais impostos”, explicou Alexandre Lopes.
De acordo com o diretor, muitos empresários ainda não se recuperaram da recente crise econômica, quando “muitos tiveram que se endividar em bancos para cumprir com seus compromissos e para manter seus funcionários”. “A movimentação de um feriado do 1º para 2º semestre prejudica o fluxo de caixa das empresas, justamente no momento do início das compras de Natal com seus fornecedores”, completou.
A audiência pública, que aconteceu no CTC – Centro Técnico Cultural Prof. Pedro Mendes dos Santos, foi uma realização da Câmara Municipal de Itajubá, por meio da Comissão Permanente de Educação, Cultura, Turismo, Desporto e Lazer. Ela tem caráter consultivo, ou seja, de ouvir as opiniões divergentes sobre o tema. O PL é de autoria dos vereadores Rodrigo Sampaio Melo e Carlos Molina.
De acordo com Rodrigo Melo, o retorno do feriado para 19 de março ocorre por dois motivos: um histórico e outro econômico. “No primeiro caso, é a data da fundação de nosso município. Quanto ao aspecto econômico, há perdas consideráveis para o comércio e indústria de itajubense, pois há uma concentração muito grande de feriados no segundo semestre”, disse.
Neste ano, são nove feriados emendáveis no calendário a nível nacional – em 2019, foram cinco. A perda para o comércio nesses dias, de acordo com a Federação das Câmaras Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG), pode chegar a R$ 720 milhões no Estado. Para Itajubá, a perda por feriado gira em torno de R$ 4 milhões, de acordo com o estudo.
Fonte: Agencia Contexto