O varejo vem se recuperando da crise do coronavírus, porém a inflação mundial, a alta dos combustíveis, a redução de impostos em diversas categorias na economia e as incertezas políticas no Brasil voltam a acender um alerta no segmento.
Dados do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) indicaram queda de 1% em novembro, em relação ao mesmo mês do ano passado. Para dezembro, as empresas projetaram retração de 3,6%, ante a perspectiva de 3,2% no último levantamento. Em janeiro 2023, a receita do setor prevê queda de 6,4% em comparação ao mesmo período de 2022.
Por outro lado, os empreendedores do setor confirmam sua resiliência, ao passo que apostam em inovação para driblar os desafios. Uma pesquisa realizada pela Cortex, empresa líder em inteligência de vendas B2B na América Latina, revelou que, no Brasil, os setores de varejo e serviços são os que mais investem em tecnologia para auxiliar o crescimento do negócio.
O comércio de vestuário e acessórios, os produtos alimentícios e os produtos farmacêuticos são os que mais se destacaram. O estudo analisou 1,1 milhão de empresas, entre matrizes e filiais. Dessas, 24,9% foram identificadas com alto nível de tecnologia, 65% com médio e 25% com baixo nível de tecnologia.
Os números demonstram uma realidade: o varejo e a tecnologia definitivamente andam em sincronismo. Enquanto o comportamento do consumo se transforma, o outro lado do balcão deve estar com seu aparato de plataformas e integrações a postos. E junto de um legado que por vezes se tornou uma colcha de retalhos devido à celeridade obrigatória no combate aos percalços da pandemia, somado à agenda paralela na adoção de novas soluções, quando a análise do desafio se aprofunda, a complexidade dos problemas aumenta.
Pela perspectiva de um CEO de uma empresa de varejo, orquestrar pessoas, processos e tecnologia nunca foi algo tão desafiador, mas, ao mesmo tempo, colaborativo. A inovação aberta, por exemplo, promove o desenvolvimento disruptivo e aumento da eficiência por meio da descentralização da mentalidade inovadora – resumindo: é a ruptura cultural corporativa que amplia as possibilidades que serão colocadas à mesa no momento de resolver problemas.
A inovação aberta conjugada com bons parceiros pode trazer imunidade aos desafios iminentes do setor e criar recursos que vão além do core business, dando passos largos para um futuro próximo.
Fonte: Varejo SA