Impostômetro marca R$ 500 bilhões e entidades lançam movimento contra CSS
Por volta de 7h da manhã desta quarta-feira (2), o Impostômetro, painel eletrônico instalado na sede da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), que indica os valores somados aos cofres públicos por mais de 60 tributos diretos ou indiretos, atingia a marca de R$ 500 bilhões, ou seja, os brasileiros já pagaram quase meio trilhão de reais em tributos de 1º de janeiro até esta quarta-feira.
De acordo com a ACSP, a estimativa é que o impostômetro ultrapasse a marca de R$ 1 trilhão ao final de 2008 e, além disso, de acordo com o presidente da Associação, Alencar Burti, o aumento da velocidade de arrecadação mostra que há recursos suficientes e que não é preciso a criação de novos impostos, como a CSS (Contribuição Social para a Saúde).
Depois do movimento “Xô CPMF”, que ganhou coro da população brasileira no ano passado e contribuiu para a extinção da contribuição a partir de janeiro deste ano, chegou a hora do “Diga Não à CSS”.
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a ACSP e diversas entidades da sociedade civil reúnem-se nesta quarta-feira para discutir o lançamento de uma cruzada nacional contra a tentativa de aprovação da CSS (Contribuição Social para a Saúde), conhecida como a nova CPMF.
Apesar da votação da CSS ter sido adiada para depois das eleições municipais deste ano, a sociedade brasileira, que não agüenta mais a alta carga tributária e rejeita a criação de novos impostos, irá se mobilizar desde já para eliminar as chances desse novo tributo ser aprovado em 2008.
“Somente a arrecadação federal, até o mês de maio deste ano, somou R$ 271 bilhões, o que representa um aumento de 11% sobre o mesmo período de 2007. Até o final deste semestre, o aumento da arrecadação federal deverá ser da ordem de R$ 35 bilhões, bem próximo dos R$ 36,49 bilhões arrecadados com a CPMF em 2007. Até o fim deste ano, a arrecadação federal deverá superar a de 2007 em duas CPMFs, o que comprova que não há necessidade da criação de uma terceira CPMF”, considera Burti.
Fonte: InfoMoney