Em 2017, a União arrecadou R$ 1,342 trilhão em impostos. Até o momento, de acordo com o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo, já são mais de R$ 800 bilhões arrecadados. Tudo o que se consome vem carregado de impostos. Em alguns casos, mais do que a metade do valor do produto se refere a taxas cobradas pelo governo. Além disso, o sistema tributário brasileiro é complexo, desigual e cheio de brechas. Confira cinco fatos singulares sobre a cobrança de impostos no Brasil.
PIOR RETORNO PARA A POPULAÇÃO
Apesar de pagar uma das maiores cargas tributárias do mundo, o brasileiro continua recebendo péssimos serviços públicos em retorno. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostrou que o Brasil é o 14º país que mais arrecada impostos, em um ranking com 30 nações. Porém, o país é o lanterna em índice de retorno ao bem-estar da sociedade, ou seja, serviços para a população, ocupando a 30ª posição.
COMPLEXIDADE DO SISTEMA
As leis brasileiras são muitas e, de modo geral, bem complicadas. São cerca de 3.790 normas e, a cada dia, surgem cerca de 30 novas regras ou atualizações tributárias no país. Com tantas normas, que estão em constante mudanças, a burocracia para pagamentos de impostos é gigante, o que torna o Brasil o país onde mais se gasta tempo calculando e pagando impostos, segundo o Banco mundial. São mais de 1.958 horas gastas para vencer a burocracia tributária.
IMPOSTOS INCIDEM SOBRE IMPOSTOS
A alta complexidade tributária no Brasil gera ainda um outro problema: impostos que incidem sobre impostos. O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), por exemplo, está presente em todas as etapas da cadeia produtiva, seu recolhimento ocorre diversas vezes, o que conduz à incidência múltipla.
144 DIAS DE TRABALHO
O cidadão brasileiro terá que trabalhar 144 dias apenas para pagar impostos este ano. Ou seja, tudo que um indivíduo recebeu do dia 1º de janeiro até o dia 24 de maio foi parar nas garras do Leão. Resumindo: mais de 40% do tempo que o brasileiro passa trabalhando durante o ano é para pagar impostos.
Com informações da FCDL-MG
Fonte: Agência Contexto