O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou alta pelo quarto mês seguido, de acordo com a sondagem do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE).
O estudo realizado com dados do mês de agosto mostra um aumento de 2,0 pontos, que leva o ICC de 94,8, em julho, para 96,8, em agosto. A evolução chegou ao maior pico desde 2014 e mostra a disposição das pessoas para o consumo.
Utilizado por países desenvolvidos para medir a confiança do consumidor e sua capacidade de compra no atual cenário, o ICC aborda também as perspectivas com relação aos empregos ou desempregos, inflação e expectativa quanto ao futuro econômico. Além disso, mostra como está a expectativa para consumo nos próximos meses. O sentimento dos consumidores quanto ao cenário financeiro é um termômetro econômico.
“Os resultados favoráveis refletem a continuidade de recuperação do quadro macroeconômico, a resiliência do mercado de trabalho e o início de programas voltados para a quitação de dívidas. A continuidade desse cenário pode levar a confiança do consumidor de volta à neutralidade dos 100 pontos nos próximos meses, algo que não ocorre desde o fim de 2013”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE.
Porém, se por um lado temos alta, por outro os números apresentados ainda são baixos. A interpretação acontece da seguinte forma: quando os números mostram menos de 100 pontos, o índice é considerado baixo; de 100 a menos de 150, moderado; o índice só é considerado alto quando há 150 pontos ou mais.
O que influenciou a alta?
O número do ICC melhora de acordo com a percepção do consumidor quanto ao cenário atual. Mas, ele ainda está aliado a outros avaliadores, como o Índice de Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE). Em agosto, o ISA subiu 4,6 pontos, e chegou a 81,4. Esse é seu melhor cenário desde janeiro de 2015. Já o IE variou 0,2 pontos, para 107,6. Ele passava por três altas seguidas.
Confiança do consumidor definida pela renda
A renda do brasileiro foi determinante na medição do ICC. Em agosto, todos os públicos de rendimentos analisados passaram de 90 pontos, porém, as famílias que ganham até R$ 2.100 mostraram redução na confiança de consumo. Já aqueles que recebem entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800 saltaram de 89,7 pontos em julho, para 93,0 em agosto. O aumento ocorreu também entre pessoas de renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00, com salto de 96,8 para 99,0. Por último, aqueles que têm renda superior a R$ 9.600,01 apresentaram alta de 99,0 para 99,7.
Fonte: Consumidor Moderno